- 18 de maio de 2016
- Publicado por: Adilson Góis Cruz
- Categoria: Português no dia a dia
Nenhum comentário
Embora venha sendo cada vez menos usado na fala, o pronome relativo cujo (cujos, cuja, cujas) é um importante articulador de orações na língua escrita formal. Estabelece relação de posse entre seu antecedente e seu consequente. Necessariamente, concorda com a coisa possuída. Confira os usos:
-
Autonomia é um termo de origem grega cujo significado está relacionado com independência, liberdade ou autossuficiência.
-
O cliente cuja conta-corrente foi bloqueada solicitou renegociação da dívida.
-
O Lynx foi um computador doméstico britânico de 8 bits, cujo modelo inicial foi lançado no início de 1983 com 48 KiB de RAM.
-
O Chipre e a Suécia estão entre os países cujas despesas públicas em educação representam uma maior percentagem do PIB: 7,3% e 6,7%, respectivamente.
Atenção!
São incorretas as formas “cujo o” e “cuja a”, pois não se emprega artigo depois desses pronomes.
Na língua informal, o falante do Brasil tem substituído cujo(a) pelo pronome “que” ou pelas combinações que + dele(s) ou que + dela(s) .
Veja os usos!
Língua formal:
-
O jornalista entrevistou a escritora cujo romance foi um sucesso de público e crítica.
Língua informal:
-
O jornalista entrevistou a escritora que o romance foi um sucesso de público e crítica.
-
O jornalista entrevistou a escritora que o romance dela foi um sucesso de público e crítica.
Língua formal:
-
Conhecemos o aluno cuja mãe é a dona do restaurante.
Língua informal:
-
Conhecemos o aluno que a mãe é a dona do restaurante.
-
Conhecemos o aluno que a mãe dele é a dona do restaurante.
Importante!
Os pronomes cujo(s) e cuja(s) podem ser encabeçados por preposições:
-
O cliente a cuja a reclamação você se referiu mostrou-se desconfiado. (referir-se a)
-
O relatório de cuja conclusão discordamos foi enviado à presidência ontem. (discordar de)
Por ora é isso!
Professor Adílson Góis Cruz